A sexualidade onde ela está e não como ela é

A sociedade, de um modo geral, possui uma visão negativa da sexualidade. Essa visão negativa é fruto de uma educação repressora, que há muitos anos associa o exercício da sexualidade ao pecado, às questões imorais e sujas.

Desta forma, todas as expressões ligadas à sexualidade são regidas por uma cultura de repressão. O que prevalece é o silêncio ou a reprodução de mitos e tabus, gerando um solo fértil para a desinformação. Isto  fortalece comportamentos de risco cada vez mais freqüentes, um grande desconhecimento sobre seu próprio corpo, vontades e desejos, resultando muitas vezes em uma sexualidade vazia.

Ao tratar do tema Sexualidade, busca-se considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa no ser humano, do nascimento até a morte. Se a saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada como um direito humano básico. Relaciona-se com o direito ao prazer e ao exercício da sexualidade com responsabilidade. Engloba as relações de gênero, o respeito a si mesmo e ao outro e à diversidade de crenças, valores e expressões culturais existentes numa sociedade democrática e pluralista.

Continuando a utilizar o filme “De pernas para o ar” como exemplo, Alice (Ingrid Guimarães) faz uma nova amizade com Marcela (Maria Paula) que é dona de um Sex Shop. De uma maneira leve e divertida, o filme mostra que Alice não conhece o próprio corpo e nem o que é um orgasmo (situação que reflete muita a nossa realidade nos consultórios). Ao longo do mesmo, através de vibradores, conversas, reflexões e a desmistificação de mitos, Alice começa a sentir sua sexualidade mais intensa e feliz.

Mas como nós podemos trazer isto para a nossa realidade? O primeiro e muito importante passo é o autoconhecimento! Eu conheço meu próprio corpo? Sei as partes que são mais sensíveis ou menos sensíveis, mais gostosas ou menos gostosas? Sei ao certo como é seu funcionamento? Conheço e aceito meus desejos, vontades e fantasias? Já pensei sobre quais são os meus medos ou preconceitos a respeito da sexualidade? Pensar e refletir sobre esses assuntos já é um primeiro passo para que possamos começar a buscar uma sexualidade mais saudável, responsável e gostosa!!!

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