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Filme “O segredo de Brokeback Mountain” provoca uma reflexão sobre a homossexualidade

Nesta publicação queremos refletir com você sobre a história do filme Brokeback Mountain, que aborda um tema bastante polêmico da nossa atualidade: a homossexualidade.

O filme conta a história de dois jovens, Ennis Del Mar, um rancheiro do Wyoming e Jack Twist, um vaqueiro de rodeio. Os dois se conheceram em um verão de 1963, onde trabalham juntos na montanha brokeback, cuidando de ovelhas. A partir daí, um relacionamento amoroso e sexual começa, mas ao terminarem seu trabalho, os jovens voltam a suas vidas e se afastam por um tempo. Ambos casam-se e tem filhos com suas mulheres. Mesmo assim, nos anos seguintes lutam secretamente para entender e manter o amor que nutrem um pelo outro. Os dois passam a manter encontros escondidos.

Jack tenta várias vezes convencer Ennis a viverem juntos, enfrentando a tudo e a todos. No entanto, Ennis não tem coragem. Ele conta que quando era pequeno conhecia dois homens que moraram juntos perto de sua casa e eles eram a gozação da cidade. Um dia, um deles foi encontrado morto, após ter sido espancado e arrastado por seu membro, até que o mesmo fosse arrancado. O pai de Ennis o fez olhar “o morto” como uma forma de ensinar para o filho, de nove anos, que a homossexualidade não é algo “normal”. O evento foi no mínimo traumático para o garoto.

O sofrimento de Ennis e Jack, por não conseguirem de fato ficar juntos e terem que manter casamentos “de fachada” aparece no filme de forma marcante. O relacionamento do casal dura mais ou menos 20 anos, até que Ennis fica sabendo através de um postal que Jack morreu. A história contada foi de um acidente que o teria matado, porém o filme dá a entender que Jack foi, na verdade, espancado até a morte. O fato remete ao mesmo tipo de caso que o pai de Ennis lhe mostrou na infância. O filme acaba com Ennis muito solitário, vivendo sozinho, não tendo construído nada seu, sempre lembrando e sofrendo por Jack.

Consideramos o filme excelente, pois trata o relacionamento gay de maneira natural, explícita, e sobre tudo, através do amor.

Quando um filme mostra cenas de um relacionamento afetivo mais explicito costumamos ouvir coisas do tipo “ah, mas eles não precisavam ficar mostrando isto para todas as pessoas”. Uma reflexão bastante prudente em relação a essa frase é “por que eles não podem demonstrar de forma explícita o carinho entre estas duas pessoas? Os casais heterossexuais fazem isto, e nós achamos lindo.” Percebe-se neste tipo de comentário o preconceito relacionado a homossexualidade, bastante arraigado em nossa cultura.

O filme possibilita vários questionamentos e reflexões. Uma delas se relaciona com o preconceito sofrido pelos homossexuais e sobre o imenso sofrimento que isso causa, quando muitos deles não podem se amar livremente. É importante lembrar que a homossexualidade até pouco tempo (1985), era encarada pela psiquiatria como uma doença a ser tratada. Isso nos deixa a pergunta: será que as coisas mudaram significativamente em tão pouco tempo ou o preconceito é que está mais mascarado, escondido?

Vale lembrar também que o sofrimento é tão grande que não prejudica unicamente os homossexuais, mas todas as pessoas que estão a seu redor, além de prejudicar aspectos como profissão, autoestima e prazer pela vida. De maneira geral, pensando na quantidade de pessoas que vivenciam este sofrimento, o preconceito afeta toda a sociedade.

O filme nos mostra de maneira singular o amor do casal e seria importante que nos fizesse pensar sobre “o direito de todas as pessoas de amar e relacionar-se sexualmente com quem elas quiserem”. Ninguém acorda de um dia para o outro desejando gostar do mesmo sexo, sabendo do enorme preconceito ronda nossa sociedade e que consequentemente irão sofrer. O que é mais importante: o amor, carinho, sentimento, o sexo? Ou o que a sociedade cria como certo e errado, normas que devem ser cumpridas independente da individualidade e sentimentos de cada um? O filme nos faz parar para refletir, acima de tudo, a respeito da diversidade humana e da liberdade de expressão da sexualidade. Nos faz refletir sobre respeito e humanidade.

Conversaremos mais sobre este assunto em outras publicações.

Informações Técnicas:

Diretor: Ang Lee.

Atores principais: Heath Ledger e Jake Gyllenhaal.

Ano: 2005.

Duração: 135 minutos.

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