A sexualidade de maneira geral é uma mistura de complexidade com simplicidade. Falando mais especificamente da sexualidade feminina, ela é um delicioso jogo dessa mistura. Complexidade no sentido em que tudo pode interferir na sexualidade, desde aspectos intimamente ligados a ela, como os desejos e fantasias, até aspectos aparentemente nada relacionados, como o estresse, cansaço e preocupações. Complexo no sentido de que cada ser humano é único, portanto a sua resposta perante a sexualidade sempre será particular e singular.
Desta maneira, darei algumas dicas simples que passo com frequência no meu consultório de terapia sexual e que apresentam resultados impressionantes. Além de constatar estes resultados na prática, algumas pesquisas recentes confirmaram essas dicas, no nível biológico e emocional. Um dos locais onde essas pesquisas são citadas é no livro “Vagina, uma biografia”, da autora americana Naomi Wolf.
Seguem, então, dicas simples, porém não simplistas:
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Olho no olho – na correria da vida agitada de hoje ficamos atentos a quase tudo, mas acabamos esquecendo de olhar coisas realmente importantes, como para a pessoa que amamos. Olhar no olho mostra sinceridade, atenção, mistério, segurança, atração… Quanto tempo faz que você não dá aquele foco ao olho no olho de até perder o fôlego?
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10 minutos de carícias diárias – carinhos como: passar a mão no cabelo, nas costas, no pescoço, na mão ou em qualquer outra parte do corpo, sem serem carícias sexuais; o cafuné; a massagem; passar a unha de leve sobre a pele; estar fisicamente em contato, entrelaçado; dentre outras, fazem com que o corpo feminino comece a produzir oxicitocina, substância que fortalece a afeição e a confiança, aumentando assim o afeto pelo parceiro. Além disso, segundo essas pesquisas, isto também reduz a pressão arterial, diminuindo riscos de infarto.
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Saber ouvir – o estresse para a mulher, de maneira geral, dá a ela uma necessidade de falar mais e se conectar. (o livro “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus” fala bastante sobre isso) Desta maneira, ela consegue externalizar seus sentimentos e pensamentos. Quando o parceiro consegue ter essa compreensão, ela sente uma maior confiança e sente que foi entendida em suas necessidades.
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Abraço – todos nós temos os chamados feromônios, que simplificando é o nosso cheiro natural. Algumas pesquisas dizem que nós somos atraídos por cheiros de pessoas que tem o DNA diferente do nosso (um mecanismo de defesa do organismo que visa reduzir a chance de se ter descendentes com doenças genéticas). O lugar por onde mais expelimos os feromônios são as axilas. Por isto os filmes mostram o casal romântico dançando juntinhos, e se apaixonando ainda mais, e é também porque os casais apaixonados ficam tanto tempo “agarrados”. Uma das grandes reclamações de casais que estão juntos há muito tempo é “não ficamos mais agarradinhos como antes”. Então, para ter uma chance maior daquela atração pelo parceiro estar presente, bora abraçar bastante e ficar agarradinho.
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Ajudar nas tarefas do dia a dia – uma das coisas que eu vejo as mulheres reclamando muito, no consultório, é de cansaço físico e exaustão. Apesar disto estar mudando, muitas mulheres ainda tem uma jornada dupla: o trabalho fora de casa e depois o cuidado com a casa e os filhos.Assim, elas vão começando a se ressentir, a criar mágoas em ver que seu parceiro não as ajuda nessas áreas, sentindo, desta maneira, uma vontade cada vez maior de estar longe dele. Afinal de contas, ela está amargurada internamente com ele. Então, ajudar em coisas simples do dia-a-dia, como cozinhar, arrumar, limpar, ou ajudar com qualquer atividade, já traz uma cumplicidade e afeição ainda maior e mostra que a pessoa está tendo um cuidado especial com ela e suas atividades.
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Beijos – não somente aquela selinho ou beijo na bochecha ou testa. Estou falando do beijo na boca mesmo, aquele com intensidade, desejo, vontade, interesse… daqueles que vocês davam no começo do relacionamento. O beijo demonstra intimidade. Como está a de vocês?
É importante lembrarmos que cada um é único, como mencionei anteriormente. Desta maneira, a melhor forma de saber o que o outro quer ou necessita é prestando atenção, percebendo, conversando, estando atento a quem é a pessoa que está ao seu lado. Uma observação que considero válida aqui é de que as pesquisas focaram em mulheres heterossexuais. Por isso, na maioria das vezes escrevi apenas parceiro.
Resumindo, a mulher precisa sentir que ainda existem os comportamentos de conquista, de investimento nela e na relação. Assim, o ambiente, o clima da relação, o estresse do dia-a-dia são melhorados, e desta maneira o desejo, a excitação, a vontade de estar junto, de se entregar ao parceiro aumenta, e ai… o resultado vocês me contam aqui nos comentários!