O termo Bareback veio dos cowboys americanos, que seria montar um cavalo sem a sela. Porém, o termo está sendo usado para transar sem camisinha, que seria a liberdade de sentir a pele na pele. Se procurarmos esta terminologia na internet, todos os sites associam os barebackers a homossexuais. É importante ressaltar que está prática na verdade deve se estender a todas as pessoas que transam sem camisinha, e não somente aos homossexuais.
Obviamente se estamos falando de pessoas que estão tendo relação sexual sem camisinha, as consequências como uma gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis estão em pauta. Vale lembrar que segundo o ministério da saúde, nos últimos 10 anos, em jovens de 15 a 24 anos, o número de HIV cresceu 32% no Brasil e a cada ano temos 39 mil casos no país. Portanto, por si só este é um comportamento de risco.
Ainda mais preocupante são os casos que estão vindo à tona em nossa mídia que são as “party convertions” ou “festas de conversão”, que são festas onde pessoas HIV positivo e negativo, tem relações sexuais sem preservativo, correndo o risco eminente de se contrair. Você deve estar pensando o porquê disso, certo? Segundo alguns praticantes de grupos de barebackers a sensação do risco e do perigo os excita. Outros dizem que buscam a sensação de você ter a doença e conseguir conviver com ela, controlá-la. Há quem diga também que existem pessoas que estão deprimidas, mas não tem a coragem de se suicidar e então se submetem ao risco de se contaminar. Realmente situações muito preocupantes, afinal de contas estamos falando de uma doença que apesar de ter tratamento, não tem cura e traz consequências negativas a vida de quem de quem é soro positivo e muitas vezes também das pessoas que convivem com ela.
Além de tudo isso, estão acontecendo também casos criminosos, de pessoas que estão contaminadas, e furam a camisinha para transmitir a doença para outra pessoa HIV negativo. Vale ressaltar que transmitir propositalmente uma doença a outra pessoa é crime.
Lembrando que muitos casais que estão juntos há mais tempo, acabam não usando camisinha, pois dizem confiar muito no(a) parceiro(a). É importante frisar, que pessoas podem errar, podem falhar, portanto o uso da camisinha continua sendo, sempre, importante. Ambos fazerem os exames de doenças sexualmente transmissíveis anualmente, também é fundamental, pois quanto antes descobrirmos qualquer uma das doenças melhor a chance de tratamento e suas devidas precauções. Qualquer especialidade médica pode fazer o pedido, são exames de sangue. Dica: quem doa sangue, esses exames são sempre feitos e gratuitamente. Algumas pessoas ficam preocupadas em pedir para o(a) parceiro(a) fazerem esses exames, por receio da pessoa achar que isso é sinal de desconfiança. Pelo contrário, é sinal de autoestima, e de amor e cuidado consigo e com a parceria.
Afinal, saúde é o nosso bem mais precioso, e a saúde sexual é parte importante, então devemos nos cuidar!