Comunicação pode ser a chave para o seu relacionamento

casal-briga-crise-ironia-comunicacao-problemas-relacionamento-1369342572690_300x200Como já comentei em outra publicação, a comunicação interfere diretamente na sexualidade. De acordo com a consultora Denize Dutra, existem 4 tipos básicos de comunicação: a passiva, a agressiva, a passivo-agressiva e a assertiva. Todos nós temos um pouco de cada um, mas normalmente temos aquele que mais prevalece em nossa forma de nos comunicarmos.

Na comunicação passiva as pessoas fazem de tudo para evitar qualquer confronto, não dão a sua opinião, e, em função disto, normalmente são facilmente influenciáveis e querem ser aprovados socialmente por todos. Sua postura costuma ser sempre defensiva, sem contato direto. No dia-a-dia costumam aceitar as falas e pedidos dos outros, não expõem seus desejos e vontades e, quando ficam chateados, irritados, ou bravos, também não conseguem colocar para fora tais sentimentos. Desta maneira, a pessoa vai engolindo muita coisa, e com isso, vai ficando triste, decepcionada, e esperando sempre diferentes atitudes dos outros. Na área sexual não é diferente. Pessoas que se comunicam desta forma também não expõem suas fantasias e desejos, cedem facilmente aos desejos do(a) parceiro(a), muitas vezes até mesmo fazendo algo que não gostariam de fazer. Não tomam a iniciativa para iniciar a relação sexual, o que pode até ser entendido pelo(a) companheiro(a) como desinteresse.

Já na comunicação agressiva, temos quase o oposto. As pessoas com este perfil mais alto impõem suas vontades sem se importar com os outros. O que importa para elas é conseguirem o que querem. Elas acreditam que estão sempre certas e vão usar todas as formas para mostrar isso. Como não tem muito tato para falar com os outros, muitas vezes, até mesmo sem perceber, ridicularizam, magoam ou maltratam os outros. Na área da sexualidade são aquelas que “ditam as regras”, não dando muita oportunidade para seu(sua) parceiro(a) se expressar. Estas pequenas agressões no trato vão distanciando a pessoa, que pode inclusive chegar a perder o desejo sexual.

Outra forma de comunicação não tão conhecida, porém frequente em nossa sociedade, é a passivo-agressiva. Como o nome sugere, esta comunicação é um misto da passiva com a agressiva. A pessoa mostra o que quer, mas de forma indireta, com ironia ou sarcasmo, com piadas de mau gosto ou mesmo através de sua expressão facial e corporal. “Caras e bocas” e pequenas alfinetadas fazem parte da comunicação das pessoas com este perfil. Desta maneira, a relação vai ficando muito desgastada, pois o outro parece ter que “pisar sempre em ovos” e, aos poucos, pode ir se afastando. Na área da sexualidade a pessoa fica esperando do outro as atitudes, iniciativas, e fica dando indiretas e expressões de desgosto, mas não falam o por quê, deixando o(a) parceiro(a) cada vez mais perdido e sem entender os desejos do outro.

O quarto e último tipo de comunicação é a assertiva (atenção: “assertivo” não tem relação com “acertar”, mas sim com “afirmar”), que seria o tipo de comunicação mais adequado, mais eficiente, com chances maiores de se conseguir o que se quer. A pessoa expressa o que quer, o que deseja ou precisa, ela aborda o ponto central da questão, mas sempre levando em consideração a opinião dos outros. Na área da sexualidade a pessoa expressa seus desejos e vontades, ouve os desejos e vontades do(a) parceiro(a) também, para assim chegarem a um consenso. Quando fica chateada, a pessoa fala sobre os motivos que a deixou assim e tenta resolver a questão, sem omissão nem agressividade. Expressa sem medo seus sentimentos e leva em consideração os sentimentos do outro.

Bom, deu para perceber como o nosso perfil de comunicação prejudica ou auxilia nossos relacionamentos e, consequentemente, nossa sexualidade. O tipo de comunicação predominante pode variar nas diferentes áreas da nossa vida (afetiva, profissional, familiar, etc). Por exemplo, posso ser assertiva na vida profissional, mas na área afetiva ser passivo-agressiva.

Cabe agora a você refletir e se observar para tentar descobrir: qual é o seu tipo predominante de comunicação? Como isso está lhe ajudando ou prejudicando nas suas relações interpessoais e na sua sexualidade? Qual é a parcela de contribuição positiva que esta forma de comunicação tem dado à sua sexualidade e qual é a parcela de contribuição negativa?

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