Casamento homoafetivo: os preconceitos e as dificuldades

Em dezembro de 2012 foi aprovada a nova Lei, sancionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para oficializar a união de casais gays. Esta lei proporciona a estes casais os mesmos direitos que os tribunais do país reconhecem a favor do casamento civil, que são: herança, pensão previdenciária e alimentícia em caso de separação, licença médica, comunhão parcial de bens e futuramente a facilidade de adoção, dentre outros. Sendo assim, agora os casais homoafetivos, como são chamados, que quiserem se casar não precisam mais aguardar decisão judicial para oficializar a união. Como era de se imaginar, essa nova lei trouxe muitas criticas, comentários e questionamentos. Deu o que falar.

Passeando pela internet, a provocação feita pela publicação abaixo me chamou a atenção. As justificativas apresentadas me instigaram a não deixar este assunto tão importante passar sem trazer à tona estas reflexões.

O mundo tem mudado. Novas descobertas são feitas a cada dia. Evoluções vem acontecendo. Porém, às vezes estamos tão acostumados com as normas e com o conhecido, que de fato não paramos para rever concepções que nos foram embutidas. Nossas reflexões muitas vezes tem sido rasas, com muito preconceito. Ontem no consultório uma paciente me contou uma conversa que teve com uma amiga sobre o casamento homoafetivo, que eu acredito que ilustra bem essas reflexões rasas que precisamos repensar. A amiga dela estava dizendo que achava que os casais gays tinham o direito de se casar, mas que se adotassem uma criança, eles não seriam uma família. Minha paciente a questionou: mas o que é família para você? Então uma mãe solteira não é uma família ou eu, depois do falecimento do meu pai, deixei de ter uma família? A amiga parou, pensou e respondeu: é verdade, você está certa, é família sim.

Reflexões, conversas, ouvir opiniões, ler, assistir, ver diversos lados de uma mesma história, conhecer novas pessoas, coisas e culturas, abrir espaço, descobrimentos, conhecimentos podem ser humanizadores! Somos todos seres humanos, que merecem respeito e tem o direito de buscar a sua própria felicidade. Afinal, cada um sabe o que lhe preenche o coração, e coração preenchido é coração preenchido.

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